UM RIO QUE AGONIZA!
















Nas margens daquele rio

Os abutres fazem à festa

Disputam com veemência

Toda carniça em oferta

Fazendo grande algazarra

Sem limite e sem aresta!



Todo dia tem banquete

No leito da vida morta

Tem os fetos de abortos

Tem ossada e muita bosta

Tem remanso de água podre

E, muitas fuçadas de porca!



Tem vida que se debate

Na convalescência doente

Sofrendo em consequência

Da “morte” do ambiente

Que culmina sem receio

Com as vidas existentes!



Há pedidos de socorro

Em toda área sofrida

Querendo manter a espécie

Na sobrevivência da vida

Há um grito de clamor

Para salvar suas vidas!



Nesse berço secular

Foi-se embora à “riqueza”

Que se fazia presente

Na nascente da beleza

Fluindo das águas puras

Às crias da Natureza!


Num “rascunho” do passado
Viam-se os peixes a nadar

Via-se em todo seu curso

A correnteza ostentar:

A exuberância das águas

Tomando o rumo do Mar!


Patos, 11/02/2015
Anchieta Guerra 


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