QUANDO A CHUVA DERRAMA NO RIO

Embaixo da oiticica Eu vi você escorrer Trazendo na suas margens Muitos pés de mussambê Na longa e extensa corrida Eu naveguei em você! De quando em vez, você some Deixando seus náufragos na mão Sentindo um aperto bem forte Espraiando muita emoção É a correnteza passando Lavando meu coração! Nas águas que lhes avoluma Navegam minhas lembranças Navegam minhas historias Do amor e da pujança Dos banhos que eu tomei No meu tempo de criança! No seu leito ribeirinho Quando a chuva se derrama Vejo à alegria estampada Nos rostos das quarentonas Vejo a cidade em festa Em rítmo de maratona! Vejo também nas crianças Nos rapazes e nas meninas A sensação de prazer Buscando suas piscinas Que são escavadas no rio Pela natureza divina! Seu leito vira uma praça Vem gente de todo lado Brincando e tomando banho Com um sorriso nos lábios É a riqueza das águas Banhando esse povo amado! P...