CADÊ A CHUVA
CADÊ A CHUVA
Cadê
a chuva, que não chegou ao sertão?
Tem
tanta gente rezando em pé, ou de joelho no chão.
Rogando
ao Padre Cícero e ao Frei Damião.
Conclamando
aos seus padrinhos, o fim da desolação.
Para que a chuva alegre: a tristeza e o
coração.
Desse
povo tão sofrido, de coragem e estimação.
Que
lava suas mágoas, com prece e oração,
Que reza e pede ajuda, com o terço na mão.
De dia e de noite, sem qualquer hesitação.
Desejando
a chuva querida, de dentro do coração.
Vem
chuva, vem depressa, vem nos ajudar.
A
criar nossos bichinhos, para o leite amamentar.
As crianças pequeninas, que no coes fica
agarrar.
Chorando e pedindo em prantos, para a fome ele
matar.
Pois
do jeito que elas estão, não vão mais aguentar.
Vem
chuva do caju ou da manga, pra alimentar.
Esse
povo tão ordeiro, que não para de orar
Pra
dá alegria e beleza, a gente desse lugar
De
semblante tão tristonho, do sofrimento que há
Só
você chuva querida, pra nós todos alegrar!
Patos,
29 de Março de 2012.
Anchieta
Guerra
Comentários
Postar um comentário