A CORRIDA DO CORO
A CORRIDA DO CÔRO
No sertão, em especial na cidade de Patos, existem muitas histórias engraçadas. São, na maioria das vezes, frutos da imaginação ou da criatividade de cada um. Relacionar todos os casos conhecidos, seria impossível. Mas, como alguns são mais simples de contar, me reportarei sobre um caso bem engraçado, que aconteceu com uns funcionários da CAGEPA.
Bem, os personagens dessa história são cinco amigos:
- Josivam
( Cabeção ), funcionário da CAGEPA, atleta - praticante de Judô; robb: Lê;
- José Araújo
( Zé da sopa ), Funcionário da CAGEPA, Atleta - praticante de Futebol; robb: Tomar umas;
- José
( Zé Birunga ), funcionário da CAGEPA ( na época ), apostador;
- Isaac Guedes
( Elegância Jovem ), Funcionário da CAGEPA, apostador;
- Izácio Nicácio
( Danadim ), Funcionário da CAGEPA, fiscal da prova.
O CASO FOI O SEGUINTE:
Numa sexta-feira, onde o expediente foi só pela manhã na CAGEPA de Patos-pb, uns funcionários se reuniram e enventaram de fazer uma corrida no horário da tarde. Tipo: mine-maratona, de aproximadamente 10 km. Com início na frente a CAGEPA ( na época, na Horácio Nóbrega ), indo até a "Cruz da Meneina" e, tendo como final, o local onde se iniciou a partida.
Após alguns minutos, concordaram em participar da corrida os funcionários: Zé da Sopa e Josivam.
Antes do início da corrida, surgiu uma discursão sobre quem iria vencê-lá. De um lado: Zé Birunga, que apostou em Josivam; do outro: Isaac Guedes, que apostou em Zé da Sopa.
Zé Birunga, que era muito experto, conversou antes com Josivam, para ter certeza que a vitória seria dele, contudo, Josivam, apesar de ser atleta e, nem beber nem fumar, alertou a Zé Birunga do risco, pois tinha participado de uma corrida no dia anterior (desculpas), não conseguindo, no entanto, convencer nem tirar o ânimus de Zé Birunga, que levava em consideração, o fato de Josivam ser um atleta. Daí, com esse argumento convenceu Josivam a aceitar o desafio.
Isaac Guedes, que também é muito sabido, apostou em Zé da Sopa, já que Zé lhe garantiu ganhar a corrida "sossegado", pois vinha treinando futebol e estava preparado para o evento.
Asim, dado início a corrida, um dos apostadores ( Zé Birunga ) e o fiscal ( Izácio Nicácio ), acompanharam os "atletas" em suas bicletas, por todo percurso, os interpelando de vez em quando, para saber como eles estavam se sentindo e, como estavam vendo a chance de vitória. Foi ai, então, que Zé birunga começou a se preocupar, pois Zé da Sopa já tinha passado Josivam. Então ele perguntou a Josivam:
- Por que você tá deixando ele ir na dianteira?
- Não se preocupe, deixe esse otário comer corda, "na hora de dá o côro nele, eu dou." Afirmava Josivam, convicto.
Por outro lado, Isaac, já tranquí-lo, pois já sábia que Zé ia ganhar a corrida, devido a distância já expressiva que separava os dois corredores, dava risadas e mais risadas, já comemorando antecipadamente, à vitória.
Zé Birunga, que já estava entrando em desespero, idagou novavamente a Josivam: - Dá pra ganhar, se não dá, suba na bicicleta que eu levo você até próximo do final, pegando um atalho, pois ele não tá vendo e, então, nós ganharemos.
Mas, Josivam, já muito cansado, "babando e escumando pelos cantos da bôca" entregou os pontos: - Eita! Zé Birunga, não dá mais não! Não aguento mais! Zé Birunga caiu em desespero com a afirmação de Josivam e, furioso, brandou: Murrinha! por quê tú me enganou? Eu ia comprar uma VITAMINA prá voce, mais agora vou lhe dá é VENENO!
Josivam danou-se a rir, quase que sem parar. Zé Birunga, que já estava convencido que perdera a aposta, começou a rir também; colocou Josivam no bagajeiro da bicicleta e o levou até a CAGEPA, onde já estavam todos, os esperando.
A risadeira foi grande, e todos foram para o barzinho no mercado tomar cachaça, para gastarem o dinheiro da aposta e comentar os acontecimentos.
SÍNTESE:
Até hoje, quando estamos em mesa de bar e tocamos no assunto, a risadeira é grande. Josivam também se diverte, quando tocamos no assunto, e faz questão de contar a história bem direitinho. Zé Birunga, Isaac e Zé da Sopa, também se divertem com o acontecido.
E, eu, que ná época não morava em Patos, quando soube da história, nunca mais deixei de recontá-la a outros amigos.
Que coisa bacana e engraçada, pois, quem ganhou com tudo isso, foi à história, quando registrou momentos inequeciveis nas relações de coleguismo e amizades, dentro da nossa empresa ( CAGEPA ).
O que infelizmente, não vemos mais atualmente. Pois, o egoísmo tomou conta de muitos colegas, inludidos só pelo poder e a ganância.
Fica portanto, o registro dessa grandeza de valores e amizades, outrora, vigorante no seio de nossa querida CAGEPA!
Patos, 03/11/ 2011
Anchieta Guerra
Prezado Anchieta, parabéns pela iniciativa de manter perenizada mais uma das tantas "estórias" que já estão no livro da "História" da Morada do Sol. Tenho muito orgulho de ser sobrinho de Zé Birunga, homem de bem, amigo, sempre leal, ser humano dos melhores. Agradeço por partilhar mais essa. Um fraternal abraço. Cordialmente, David de Oliveira Monteiro.
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